A dupla embreagem é padrão nos carros de alto desempenho dos sedans médios e SUV dos carros alemães das linhas Volkswagen, Audi. Os carros como Jetta TSI, Golf TSI e GTI, além dos diversos modelos da Audi que utilizam o sistema chamado DSG – DirektSchaltGetriebe em alemão ou Direct Shift Gearbox em inglês.
Mas como funciona esta tecnologia?
O princípio de funcionamento se baseia em duas embreagens que controlam dois conjuntos de engrenagens completos. É como se fossem dois câmbios dentro de uma só caixa.
Quando estamos rodando em primeira marcha, a segunda já está engatada. No momento da mudança, simplesmente uma embreagem se desconecta (A) e a outra se conecta (B). A mudança então, ocorre imediatamente.
Assim, um conjunto de engrenagens possui a 1ª, a 3ª e a quinta marcha, enquanto que o outro possui a 2ª, a 4ª e a sexta. As mudanças vão alternando ora usando uma embreagem, ora usando a outra num pingue-pongue sucessivo até a sexta marcha no primeiro modelo e agora com o novo lançamento, até a sétima marchas.
Ora, então é um câmbio de seis, sete marchas? Isso mesmo! Se uma transmissão automática já é uma delícia de dirigir, imagine com seis ou mais velocidades que permitem que o carro funcione sempre na faixa ideal de torque. A vantagem de uma transmissão ter mais marchas é simples, quanto maior o número de combinações de engrenagens, menor a faixa de giros que o motor tem de trabalhar, permitindo uma exploração mais eficiente da força do motor. Isto também reflete na maciez ao dirigir e no nível de ruido.
As duas embreagens possuem eixos independentes que ficam um dentro do outro, dessa forma é possível alojar dentro de um espaço mínimo, todo o incrível esquema de funcionamento dessa transmissão.
A esportividade se dá por conta da possibilidade de utilizarmos a transmissão em modo TipTronic em tempo REAL, com mudanças imediatas através das borboletas no volante, igualzinho nos carros de F1 e é claro, infinitamente mais eficiente que os TipTronic “pra inglês ver” que equipam vários carros que alegam essa característica.
Na DSG então, um toque na alavanquinha significa que imediatamente estaremos na marcha seguinte sem intervalo de espera.
A alavanca de console também é mais simples, apenas contando com a posição D, e um S para um dirigir mais esportivo (fazendo mudanças em rotações um pouco mais altas). Claro, sem contar o R para a marcha à ré, o N para o ponto morto e o P para o Parking.
Já a Porsche vem utilizando o PDK, bem distribuídas em duas caixas de velocidades em um, exigindo portanto duas embreagens. Na transmissão doubleclutch fornecem uma alternância, conexão não-positiva entre as duas caixas de velocidades e meia, o motor por meio de dois eixos de entrada separados. O fluxo de força do motor é transmitido através de uma meia caixa de velocidades e uma embreagem de cada vez, enquanto a próxima marcha é pré-selecionado na segunda metade da caixa de velocidade. Portanto, durante uma mudança de velocidade, uma embreagem abre e fecha o outro simultaneamente, permitindo as mudanças de marcha a ter lugar em milésimos de segundos sendo mais eficiente que a DSG em velocidade de troca.
Outras marcas, no entanto, também aderiram ao sistema que executa trocas de marchas em milésimos de segundos e permitem uma sensação única de dirigibilidade, superiores aos tradicionais câmbios automáticos ou até mesmo os CVTs.
No Brasil, a Ford equipa o Focus, a EcoSport e o New Fiesta com sua versão do sistema de dupla embreagem, batizado de Powershift. O princípio de funcionamento se baseia em duas embreagens que controlam dois conjuntos de engrenagens completos, é como se fossem dois câmbios dentro de uma só caixa. A diferença é que as tro
cas de marcha acontecem de forma automatizada, através de um sistema eletro-hidráulico, o que traz a suavidade de uma transmissão automática a este complexo sistema.
Facilitando a explicação, quando estamos em primeira marcha, a segunda já está pronta e engatada. No momento da mudança, simplesmente uma embreagem se desconecta e a outra se conecta. A mudança ocorre imediatamente sem o famoso delay na troca evitando perder o torque já adquirido. Apesar de muito eficiente e elogiada do ponto de vista da engenharia e precisão, o uso deste tipo de sistema no Brasil tem despertado opiniões polêmicas, com muitos clientes reclamando de ruídos, além da manutenção caríssima e que somente os especialistas no assunto conseguem fazer a manutenção.
Veja no vídeo abaixo como funciona o sistema DSG, da Volkswagen:
Veja no vídeo abaixo como funciona o sistema PDK, da Porsche:
Veja no vídeo abaixo como funciona o sistema PowerShift, da Ford:
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